EL PAN ALIMENTA, LA LECTURA EDUCA.


A HIPOCRESIA SEGUE ENTRE NÓS

02-04-2013 18:34

    Está mais que dito e escrito, que o ser humano é o único animal que tropeça duas vezes com a mesma pedra e que é capaz das maiores façanhas e dos maiores fracassos em todas as áreas da vida nos tempos actuais.

    Nos nossos genes, na nossa natureza como ser humano, temos a capacidade de diferenciar o bom do mau, ainda que sejamos depois, melhor ou pior educados ou formados pelos nossos pais e educadores. Estes últimos são agentes externos, mas aquilo do bom e mau, repito, já levamos dentro desde que nascemos, ou seja, são sentimentos que brotam do nosso interior.

    Quando estou escrevendo este comentário, se estão cumprindo vinte e quatro horas da celebração do atentado às torres gémeas e das suas centenas de mortos. Neste mesmo lugar, sabemos todos que se está fazendo uma pacífica construção, que segundo a minha opinião, dá a entender como um sinal de poder e prepotência ao desastradamente acontecido, mas já sabemos como actúa os Estados Unidos quando quer demonstrar a sua força e poder, não digamos no campo militar onde é capaz de endividar-se até à medula, mas a força é a força.

    Que imenso paradoxo, e ao mesmo tempo, que bestial hipocrisia esta cerimónia! (Cuidado!... Que ninguém pense que protesto; os mortos merecem-no). Hoje possuímos altíssima tecnologia, sabemos quase tudo de qualquer coisa, há satélites para o que faça falta. Os nossos conhecimentos, digamos que são quase ilimitados; mas que tristeza, que humilhação, não saber viver em paz; digamos que de algum modo, gostamos de matar; vivemos com as guerras, a morte, a destruição, tudo tão real e certo como a vida.

    Mas o mais triste e macabro para mim, é ver que há mortes de primeira, de segunda e terceira classe. No dia 11 de Setembro se celebraram as terríveis mortes, mas… E desses vinte e cinco mortos em média por dia, que estão a morrer entre o Iraque, o Paquistão e Afeganistão mais os de outros muitos lugares de maior ou menor conflito, como Gaza?... A esses, que cerimonia se lhes faz? Pode-se fazer uma estimativa anual com os militares, de uns cinco mil inocentes que o único delito que cometeram, foi e é estarem no lugar inapropriado e á hora inapropriada, e isto somente durante este anos. É óbvio, que carecem de importância, é que passavam somente por ali.

    Sim, olhar para o outro lado é o mais correcto e oportuno, são como imundices, farrapos tirados à rua. Tudo isto, por uns miseráveis terrenos, por umas  vergonhosas ideologias, mal muito mal entendidas, e não esqueçamos «o poder» sempre o mal entendido «Poder» e também o dinheiro. Tudo à custa de mortes e destruição de inocentes, mas isso sim… ante tudo sejamos judeus, muçulmanos , ditadores, revolucionários fascistas ou todo-poderosos. Sim… as ideias, o fanatismo, a etnia e a ambição é o que importa à custa do que for ou fosse, inclusive, porque não?... se há que matar mata-se.

    Há uma realidade irrefutável, a uns lhe colocarão placas, monólitos, e aos inocentes que lhes põem?... Quiçá uma placa dizendo que estavam onde não deviam estar sem mais, e são milhares ao ano.

    Que nefasto comportamento ver que com tantos conhecimentos, tanto saber e poder… e esses tão ribombantes como por exemplo a ONU não solucionam nada e só servem, digamos que para papel do WC. Uma coisa está clara, continuarão a haver mortos de primeira, segunda e terceira classe.

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