EL PAN ALIMENTA, LA LECTURA EDUCA.


O PODER E A CORRUPÇÂO

18-05-2013 20:36

 

A corrução existiu e existirá enquanto o dinheiro mova massas; enquanto o dinheiro seja o único elemento válido para alcançar o poder. A corrução e o suborno não deixarão de existir na sociedade, nessa sociedade (minoritária por graça de Deus) corrupta.

A democracia ainda que seja um mau sistema político, não deixa de ser o melhor regime na actualidade. Digo mau porque permite estes buracos negros por donde se escapam mil de milhões, e o mau, é que somente têm acesso a esses buracos os políticos, familiares de políticos e poderosos financeiros sem escrúpulos.

No dia de hoje, no futebol, na política e nos cargos públicos, germina a corrução com a mayor discrição; e o mais grave, é que a sociedade portuguesa, ainda que ouça e comente, vive este fenómeno de forma resignada.

A situação não é nova. Os críticos sociais, antes mesmo do salazarismo, verteram rios de tinta em textos apaixonados, sobre este vil procedimento, sinuoso e desonesto, tão português como latino.

Em realidade, se produz na corrução e falsificação dos vínculos da relação social, o favor a grupos fechados, familiares ou não familiares, a promoção da incompetência, a fraudação de toda e qualquer acção política.

Na actualidade, se conhecem mais casos de corrução, porque a situação política favorece a sua afloração.

O homem da aldeia não entende destas coisas, mas o cidadão da cidade, vai vivendo cada vez mais, estas vergonhosas acções políticas. Não é menos certo, que os políticos corruptos, escondidos na bondade do anonimato, dão pé para que se fale da corrução em todos os meios de comunicação.

Existem inspectores ou interventores para todas as acções financeiras que abarcam os gastos públicos ou sociais; há secções de finanças também com os seus interventores em toda a classe de obras públicas e municipais. Todas elas com os seus interventores, e a todos eles, se paga mais que a outros funcionários, para que não se deixem corromper.

Está tudo bem organizado e previsto, estimando uma sociedade com a mínima moralidade, mas o que se está vendo, não basta para terminar com esta lacra nacional.

Não nos enganemos; a corrução ocupou sempre um lugar de privilégio na nossa sociedade. O que passa, é que o cidadão de-a-pé, nunca teve a oportunidade de informar-se como na actualidade, e quiçás aqui, está algo do bom da nossa democracia.

Mas isto não é suficiente. A democracia deve prever meios suficientes para responsabilizar penalmente estes corruptos, evitando pressões de qualquer índole e da força política ou estância governamental que o faça.

Por encima de ideologias políticas, cargos públicos, rango familiar ou situação económica, deve prevalecer a honradez, e para que esta aflore numa sociedade amagada pelo desejo de enriquecer-se sem escrúpulos, deve obrar com dureza e imparcialidade, a justiça deste país.

Um país sem justiça, é um país sem lei; é um reino condenado a morrer às mãos da injustiça. Um país que admita a corruptores no seu seio, é um país condenado ao seu extermínio.

¿Há formas para evitar que pessoas corruptas se incorporem a cargos políticos? ¿Há meios, para apartar das dependências governamentais as pessoas corruptas? Sem dúvida que há.

A corrução é fruto de uma ambição perniciosa, que quási sempre albergam as pessoas sem escrúpulos; para evitar que estas pessoas se incorporem a cargos que lhes possibilitem esta infracção, estão os meios de controlo e vigilância nomeados para o efeito.

A pena, é que na maioria dos casos de corrupção, estão conexionados com esses meios de vigilância, quem sem escrúpulos, colaboram com os corruptos no seu enriquecimento rápido.

A prepotência arrasta quási sempre á prisão os justos com o fim de conseguir os seus fins.

Enquanto a dignidade não ocupe a consciência da nossa sociedade, a corrupção em todos os estabelecimentos públicos e privados, será uma triste realidade.

A nossa existência está marcada pelo poder frente á debilidade. O poder, por costume, é exercido por aqueles que o alcançam por caminhos fraudulentos buscando nome, história e dinheiro; a debilidade por aqueles que estão condenados à indigência, por carecerem de valores tão negativos como a mentira, a falsidade, arrogância e a insensatez.

A razão de tudo isto, é o potencial humano para falsificar a sua existência.

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